O inquérito do caso Amarildo, encaminhado pela Polícia Civil ao Ministério Público, aponta que o ajudante de pedreiro foi torturado. A informação é do delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios (DH). Ao todo, dez policiais militares foram indiciados por crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver, incluindo o major Edson Santos, comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha na época em que Amarildo de Souza desapareceu, em 14 de julho.
"Apuramos que ele foi torturado, há um conjunto de provas e inteligência para termos chegados a esse detalhe da investigação", disse Barbosa, que negou que Amarildo tenha sido torturado dentro de um contêiner.
Segundo o advogado de Amarildo, João Tancredo, Amarildo foi torturado e morto na sede da UPP. Tancredo afirma que se Amarildo tivesse ido para casa depois da suposta liberação dos policiais, as câmera próximas à localidade em que o pedreiro morava registrariam as imagens. No entanto, não há registros da volta de Amarildo pelo caminho. O corpo ainda não foi localizado.
"Outras duas câmeras de segurança estavam desligadas ou queimadas, mas essa de acesso à Dioneia e a outra instalada no portão vermelho estavam funcionando e não mostram Amarildo deixando a unidade", disse.
Fonte: Sdrz
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