sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

459 anos de São Paulo a "cidade que nunca para"


459 anos de São Paulo e o eterno desafio de fazer andar a "cidade que nunca para"

Cada um tem suas razões particulares para gostar de viver em São Paulo, cidade que nesta sexta-feira completa 459 anos. Mas um motivo é comum a todos os moradores que sentem vontade de ir embora: as limitações de mobilidade causadas pelo trânsito saturado e por um transporte público deficitário. O caos se arrasta ao longo dos anos e desafia as administrações que querem elevar a maior cidade da América do Sul ao nível das grandes metrópoles mundiais.  
O modelo de urbanismo que a cidade segue desde a década de 1960 está baseado na valorização do centro e na dependência das vias automotivas. Ele envolve grandes deslocamentos dos moradores que residem nas áreas mais afastadas para a região central, que concentra empregos, serviços e lazer. Em uma cidade onde a população ultrapassa os 11 milhões e a frota de veículos beira os 7,5 milhões, o resultado só poderia ser o congestionamento permanente.
A transformação urbanística de São Paulo pode levar 29 anos, como prevê o plano de Kassab, ou menos. Para Valter Caldana, diretor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o importante é que haja, em primeiro lugar, um acúmulo de ações para o efetivo progresso de São Paulo. Esse passo foi dado por Haddad quando garantiu que levará adiante o projeto “SP 2040”. Mas só isso não basta. O prefeito deve, agora, dar o pontapé inicial nas medidas que levam mais tempo para se consolidar, como a valorização dos centros de bairro para descentralizar, principalmente, a oferta de emprego.
Segundo Caldana cita Paris, capital da França, e Nova York, nos Estados Unidos, como modelos de cidades descentralizadas com grande população. A capital paulista, mais parecida com a cidade americana pela grande quantidade de arranha-céus, pode traçar um caminho semelhante ao da metrópole do hemisfério norte. Basta que o urbanismo deixe de ser visto como algo mirabolante e complexo, e passe a ser vislumbrado como uma necessidade primária.

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