Os madeireiros que cobiçam o território dos awa-guajá em
Arame não cessam um dia de ameaçar, intimidar e agredir os índios. A situação é
a mesma em qualquer lugar onde há um povo indígena lutando pela demarcação da
sua área.
E, obviamente, não vai gerar qualquer passeata da turma
do Cansei ou do Cansei dois (a turma criada no suco de caranguejo que diz
combater a corrupção usando máscara do Guy Fawkes e fazendo carinha de
indignada na Avenida Paulista ou na Esplanada dos Ministérios). Mas isso não
vai ocorrer.
E as “pessoas de bem” e bem informadas vão continuar
achando que existe “muita terra para pouco índio” e, principalmente, que o
progresso no campo é o agronegócio. Que modernos são a CNA e a Kátia Abreu.
A área dos awa-guajá em Arame já está demarcada, mas os
latifundiários da região não se importam com a lei. A lei, aliás, são eles que
fazem. E ai de quem achar ruim.
Os ruralistas brasileiros – aqueles que dizem que o atual
Código Florestal representa uma ameaça à “classe produtora” brasileira – matam
dois (sem terra ou quilombola ou sindicalista ou indígena ou pequeno pescador)
por semana. E o MST (ou os índios ou os quilombolas) é violento. Ou os
sindicatos são radicais.Os madeireiros que cobiçam o território dos awa-guajá
em Arame não cessam um dia de ameaçar, intimidade e agredir os índios.E a
situação é a mesma em todos os rincões do Brasil onde há um povo indígena
lutando pela demarcação da sua área. Ou onde existe uma comunidade quilombola
reivindicando a posse do seu território ou mesmo resistindo ao assédio de
latifundiários que não aceitam as decisões do poder público. E o cenário se
repete em acampamentos e assentamentos de trabalhadores rurais.
CIMI CONFIRMA ASSASSINATO DE CRIANÇA INDÍGENA
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