Brasileiro
é um dos melhores professores dos EUA
Alexandre Lopes foi eleito o melhor professor da Flórida
em julho de 2012.
O brasileiro Alexandre Lopes foi anunciado nesta
quinta-feira (17) como um dos quatro finalistas ao prêmio de melhor professor
dos Estados Unidos. A premiação anual inclui um processo de seleção com
diversas etapas, Lopes, de 44 anos, dá aulas para crianças de três a cinco anos
em turmas de educação inclusiva na escola Carol City Elementary, na Flórida.
Natural do Rio de Janeiro, ele emigrou para os Estados Unidos em 1995.
O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira pelo
Conselho de Chefes de Departamentos de Escolas Estaduais, uma organização sem
fins lucrativos que reúne os secretários de educação dos estados americanos.
Lopes afirmou, em seu perfil do Facebook, que recebeu a notícia com
"orgulho e felicidade", e aproveitou para agradecer aos amigos pelo
apoio. "Sou-lhes eternamente grato", disse ele.
O professor brasileiro, que é o quarto representante
consecutivo da Flórida entre os finalistas, agora concorre com três professores
do ensino fundamental II e ensino médio dos estados de Washington, Maryland e
New Hampshire, que dão aulas de química, física, inglês e música.
As turmas para as quais o brasileiro leciona são
heterogêneas. Parte dos alunos é autista e, como a Carol City Elementary fica
em uma região de baixo poder aquisitivo, a maioria dos estudantes pertence a
minorias dentro da sociedade americana. Alguns ainda são filhos de imigrantes e
não têm o inglês como idioma nativo.
Os quatro participarão de um encontro na capital dos EUA
em abril, quando o anúncio do grande vencedor será feito em um evento na Casa
Branca.
Desde julho, quando foi eleito o melhor professor da
Flórida e passou a integrar o grupo de 50 competidores da etapa nacional, Lopes
tem viajado pelo estado onde mora dando palestras para outros professores sobre
sua metodologia na sala de aula e entrevistas a diversos meios de comunicação
americanos. Doutorando da Universidade Internacional da Flórida, ele se
especializou na educação especial para a primeira infância e, há oito anos,
trabalha na escola Carol City Elementary, em Miami.
"É uma inclusão total e irrestrita, da maneira que
eu gosto, com alunos deficientes, imigrantes, minorias... Como eu acho que a
sociedade deveria ser", conta. Lopes considera sua abordagem
"holística" e afirma que se envolve em todos os aspectos da vida de
seus "aluninhos", como gosta de se referir às crianças que ensina,
tanto da parte acadêmica quanto da emocional e da social. Para o brasileiro, isso
significa incluir todos os membros mais próximos da família no processo
escolar, muitos deles ainda se adaptando à notícia de que seus filhos são
autistas.
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