Certidão
de óbito de Eliza Samudio será expedida.
A juíza do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane
Lopes Rodrigues, determinou a expedição da certidão de óbito da ex-namorada do
goleir Bruno Eliza Samudio. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais
(TJMG), a decisão, da qual não cabe recurso, foi publicada nesta terça-feira
(15) no Diário do Judiciário Eletrônico.
A certidão de óbito é um documento expedido por um
cartório civil, que declara a morte de um indíviduo e os detalhes, como data e
local.
O atestado de óbito é emitido por um médico que declara a
morte de uma pessoa e aponta a causa médica do falecimento. Ele é necessário
para a emissão da certidão. Eliza foi morta em julho de 2010, e seu corpo nunca
foi encontrado. Com isso o pedido da certidão foi feito pelo promotor Henry Wagner
Vasconcelos de Castro e pela mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura. Na
decisão, a juíza afirmou que, embora não haja previsão legal que contemple a
pretensão do Ministério Público Estadual (MPE) e da família da vítima, a
sentença criminal pode ser executada no âmbito cível, para efeito da reparação
de danos.
Conforme a Justiça, já foi expedido mandado para
registro de óbito na comarca de Vespasiano, reconhecida pelos jurados como o
local onde o crime ocorreu.
“Se já existe uma decisão que reconhece a morte da
vítima, não faz sentido determinar que seus genitores ou seu herdeiro percorram
a via-crúcis de outro processo para obterem outra sentença judicial que declare
a morte de Eliza Samúdio”, afirmou a magistrada na decisão.
Em 23 de novembro, o júri popular do caso Eliza Samudio
condenou os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de
Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo envolvimento na morte ex-amante do
jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane
Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e
sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere
privado.
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de
Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em
cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca
encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves
(MG)
O júri popular, que teve início com cinco réus, acabou
com apenas dois acusados: Macarrão e Fernanda. O jogador Bruno Fernandes de
Souza, que era titular do Flamengo, é acusado de ter arquitetado a morte da
ex-amante, em 2010, para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem
pagar pensão alimentícia. Bruno, a sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o
ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram o júri desmembrado
pela juíza Marixa.
Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois
acusados serão julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson
Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em
agosto. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve
o processo arquivado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário