1º presídio privado do País promete terapia ocupacional e pudim
Acesso obrigatório de detentos a salas de aula, livros,
assistência médica e odontológica, consulta para terapia ocupacional e cardápio
variado, tendo inclusive sobremesa com pudim e vários tipos de doces. É o que
promete a Gestores Prisionais Associados (GPA), administradora do primeiro
presídio construído e gerido pela iniciativa privada no Brasil, que entra em
atividade nesta sexta-feira em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo
Horizonte (MG).
O novo complexo penitenciário é uma Parceria
Público-Privada (PPP) entre o governo de Minas Gerais e cinco empresas que,
através de licitação, ganharam o direito de construir a nova cadeia e
administrá-la durante os próximos 27 anos. Para a nova obra, foram gastos cerca
de R$ 280 milhões pelos Gestores Prisionais Associados (GPA). Em contrapartida,
o Estado vai desembolsar, por presidiário, mais de R$ 2 mil mensais, um custo
de mais de R$ 6 milhões para os 3.040 presos que devem ocupar as cinco unidades
do complexo.
No trabalho, a nova penitenciária traz a cópia do modelo
inglês. Parcerias com empresas de calçados, embalagens e móveis estão sendo
feitas. No entanto, o trabalho não vai gerar nenhum lucro para a concessionária
que administra o presídio.
A área da saúde dentro do complexo também tem seu espaço
amplo e moderno. São quatro consultórios médicos e um odontológico. Segundo a
Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), a cada dois meses cada preso terão
direito a, pelo menos, uma consulta em cada especialidade: jurídica, médica,
odontológica, assistência social, psicológica, psiquiátrica e terapia
ocupacional.
A cela não tem energia elétrica e o vaso tem um
dispositivo que suga qualquer coisa colocada dentro - evitando risco de que o
preso coloque algum tipo de droga ou equipamento para se comunicar. Lâmpadas de
baixa voltagem foram instaladas.
Todos os presidiários terão que trabalhar e estudar
obrigatoriamente. Para isso, foram construídas oito salas de aula, uma
biblioteca com vários títulos e autores e, ainda, ensino profissionalizante.
Qualquer prisioneiro será obrigado a ficar pelo menos quatro horas por dia
dentro das salas de aula.
Par ter direito a cumprir a pena no novo complexo
penitenciário, um critério de seleção foi feito. O preso tem que passar por uma
classificação técnica e estar apto a trabalhar e estudar. Homens considerados
altamente perigosos, neste primeiro momento, não poderão ir para a nova cadeia.
Segundo o secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz,
acredita que o novo modelo será um sucesso e já pensa no futuro pode ser uma
boa solução para os problemas de superlotação das cadeias brasileiras.
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