Depois de um cerco policial formado desde a
madrugada e de pelo menos cinco detenções, os índios que ocupavam o prédio
do antigo Museu do Índio, próximo ao complexo esportivo do Maracanã,
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), da Comissão de
Direitos Humanos, informou que os índios aceitaram a proposta do governo do
Estado de serem levados para um terreno em Jacarepaguá, na Zona Oeste da
cidade.
Apesar do acordo, os manifestantes resistiram e entraram
em confronto com a PM, que usa gás lacrimogênio e escudos para tentar desocupar
as pistas, tomadas por manifestantes.
Aos gritos de "assassinos", e com os seios de
fora, a mulher invadiu a pista e chegou a ser atingida por um carro, mas não se
feriu.
Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar cercam
o local pela madrugada, para executar a ordem judicial de desocupação.
O objetivo inicial do governo do estado era de demolir a
construção para urbanizar a área entorno do estádio do Maracanã para a Copa de
2014. Diante do protesto dos índios e de movimentos sociais, em janeiro o
governo desistiu de demolir o prédio e se comprometeu a discutir com a
Prefeitura do Rio o uso que seria dado a ele.
Acompanhados de integrantes do governo, de deputados
estaduais e vereadores, eles tentam convencer os índios e demais ocupantes do
antigo museu a saírem pacificamente. No fim da madrugada, militantes de
movimentos sociais, que apoiam os índios, fecharam a Avenida Radial Oeste em
protesto pela desocupação.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem como
"não à violência" e outra em que lembravam que havia dinheiro para a
Copa, mas não para habitação.
O casarão em ruínas construído em 1866, onde funcionou o
museu entre 1953 e 1978, é foi habitado atualmente por 22 índios.
Fonte: Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário