sábado, 23 de março de 2013

Aos gritos de "assassinos", bombas e socos sobre índios e manifestantes


Depois de um cerco policial formado desde a madrugada e de pelo menos cinco detenções, os índios que ocupavam o prédio do antigo Museu do Índio, próximo ao complexo esportivo do Maracanã,
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), da Comissão de Direitos Humanos, informou que os índios aceitaram a proposta do governo do Estado de serem levados para um terreno em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade.
Apesar do acordo, os manifestantes resistiram e entraram em confronto com a PM, que usa gás lacrimogênio e escudos para tentar desocupar as pistas, tomadas por manifestantes.
Aos gritos de "assassinos", e com os seios de fora, a mulher invadiu a pista e chegou a ser atingida por um carro, mas não se feriu.
Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar cercam o local pela madrugada, para executar a ordem judicial de desocupação.
O objetivo inicial do governo do estado era de demolir a construção para urbanizar a área entorno do estádio do Maracanã para a Copa de 2014. Diante do protesto dos índios e de movimentos sociais, em janeiro o governo desistiu de demolir o prédio e se comprometeu a discutir com a Prefeitura do Rio o uso que seria dado a ele.
Acompanhados de integrantes do governo, de deputados estaduais e vereadores, eles tentam convencer os índios e demais ocupantes do antigo museu a saírem pacificamente. No fim da madrugada, militantes de movimentos sociais, que apoiam os índios, fecharam a Avenida Radial Oeste em protesto pela desocupação.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "não à violência" e outra em que lembravam que havia dinheiro para a Copa, mas não para habitação.
O casarão em ruínas construído em 1866, onde funcionou o museu entre 1953 e 1978, é foi habitado atualmente por 22 índios.

Fonte: Veja 

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