A menina que confessou o crime, disse que estava andando
com uma faca porque sofria ameaças. Por ter menos de 12 anos, o juiz da Vara da
Infância de Conceição explicou que ela não pode responder pelo crime, como
prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele informou que a criança
foi encaminhada para atendimento psicológico em Vitória
O crime causou indignação nos moradores da região. Eles
contam que Lívia era humilhada constantemente pela colega que a matou e por
outras alunas.
No dia em que foi morta, ela teria apanhado de um grupo
de meninas quando saiu da escola. "Meu filho foi até lá. Elas tinham se
juntado em um bolinho e já tinham batido na cara dela. Ele perguntou por que
estavam fazendo isso com a menina, mais de quatro batendo em uma só. Elas
perguntaram se ele queria levar também e puxou a faca para cima do meu
filho", conta Ivanete Ferreira.
Horas depois da briga na escola, a colega de 11 anos foi
até a casa de Lívia e voltou a provocá-la e a agrediu com um tapa no rosto.
Lívia teria reagido, puxando os cabelos da ameaçadora. Nesse momento, a garota
a atingiu com uma faca de serra no peito.
O crime foi na frente da irmã gêmea de Lívia e de outra
criança de 11 anos, na frente da casa onde a vítima morava no bairro Antônio
Lopes. "Ela não agiu como criança, foi no lugar certeiro, ela bateu a faca
no coração da menina para matar", afirma a vizinha de Lívia, Geruzaldina
da Silva.
Lívia caminhou até a irmã, que estava na porta, e chamou
pela mãe. Ela foi socorrida por vizinhos e levada para o hospital, mas morreu
seis horas depois.
A casa da menina de 11 anos pegou fogo. Os bombeiros
levaram quase três horas para apagar as chamas e tudo o que estava dentro da
casa foi queimado. As paredes precisaram ser derrubadas e a estrutura da
casa ficou comprometida.
Fonte: G1
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