quarta-feira, 20 de março de 2013

Minha Casa, Minha Vida é suspenso, de sonho a pesadelo!


Programa habitacional do governo é suspenso em cinco municípios devido a problemas no fornecimento de água para as moradias

O Ministério das Cidades suspendeu novas contratações de financiamentos imobiliários dentro do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, menina dos olhos da presidente Dilma Rousseff, nos municípios goianos de Águas Lindas, Novo Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental e Luziânia. Dessa forma, as prefeituras, o governo de Goiás e empreiteiras ficam impedidas de negociar com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal empréstimos para construir novos empreendimentos nessas cidades. A assessoria de imprensa da pasta informou que os contratos em vigência serão mantidos.

Até 28 de fevereiro deste ano, foram aprovadas operações do Minha Casa, Minha Vida no valor de R$ 4,134 bilhões em todo o país. A interrupção foi decidida porque técnicos do ministério constataram a existência de problemas no fornecimento de água nas habitações entregues e nas construções em andamento nas cinco cidades de Goiás. A deliberação do Executivo não será estendida a outros locais, assegurou a assessoria, mas preocupa a população da região, que espera a conclusão das casas ou o lançamento de novas fases do programa para realizarem o sonho da casa própria, lema do programa do governo.

Risco de demissão
Há inquietação também entre as construtoras. Representante de uma delas, ouvida pelo Correio, preferiu não se identificar, mas disse que a interrupção do programa vai acarretar demissão dos trabalhadores e atraso na entrega dos imóveis: "As empreiteiras não têm como continuar com as obras. É preciso dar uma solução para isso o mais rápido possível, caso contrário, vamos ter que demitir e parar as obras". O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon), Júlio Cesar Peres, avaliou, entretanto, que a decisão do Ministério das Cidades foi correta.

Ele detalhou que entre as exigências do Minha Casa, Minha Vida para que os contratos sejam firmados está a apresentação de documentos expedidos pelas companhias estaduais de fornecimento de esgoto, água e luz que atestam a viabilidade de instalação dos serviços. "A Saneago expediu as certidões, mas o serviço não é prestado. Soube que na última terça-feira houve uma reunião entre as partes para tentar resolver esse impasse". Ele não apontou se alguma solução foi apresentada.

Peres comentou que o impasse atrapalha a geração de empregos e de riquezas nos cinco municípios. "As empreiteiras do DF atuam mais nessas cidades do que as empresas goianas. Logo, esperamos que o Ministério das Cidades e o governo de Goiás resolvam isso. Temos total interesse que esse problema seja resolvido o quanto antes, afirmou". A reportagem procurou o gabinete do governo de Goiás, a Secretaria de Comunicação do estado e a empresa de Saneamento de Goiás (Saneago) para explicar os entreves relacionados à entrega de água e as saídas que estão sendo buscadas. Entretanto, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

Fonte: www.planejamento.gov.br

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