Um e-mail enviado acidentalmente levantou a suspeita de
que o desembargador Fernando Tourinho Neto, integrante do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), pediu favorecimento a um processo da filha dele a outro
conselheiro do órgão
De acordo com o jornal, Tourinho Neto pediu ao
conselheiro Jorge Hélio, ocupante da vaga destinada à advocacia no CNJ, que
desse celeridade à análise de um pedido da juíza Lilian Tourinho. Ela queria
transferência do Pará para Salvador. O caso se tornou público porque o
desembargador mandou por engano para a Associação dos Juízes Federais (Ajufe)
um e-mail destinado à filha.
O caso veio à tona um dia depois de o presidente do CNJ e
do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, criticar o que chamou de
"conluio" entre advogados e juízes.
O conselheiro Jorge Hélio afirmou que sua liminar
suspendia uma sessão do tribunal no qual Lilian Tourinho trabalhava. Nessa
sessão, seria lido o edital que possibilitaria remoções de juízes.
De acordo com o conselheiro, depois que o e-mail vazou, a
Ajufe apresentou argumentações contrárias e ele revogou a liminar. "Ela
[Lilian Tourinho] faltou com a verdade e me induziu ao erro.
Estava fazendo pedido de pai, não como conselheiro.
Queria que julgasse logo. De maneira alguma houve intenção de pedir que
deferisse", afirmou Tourinho Neto.
Fonte: G1
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