“Negro é
negro e não pode mudar diferente dos homossexuais”
Milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades do
Brasil para protestar contra a eleição do deputado Pastor Marco Feliciano
(PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados.
Em São Paulo, a concentração foi marcada para as 14h na
esquina entre a Avenida Paulista e a Rua da Consolação, na região central de
São Paulo
Em Brasília, o protesto também pediu a saída de Renan
Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A manifestação na capital do país
começou na Rodoviária do Plano Piloto, organizada em redes sociais por membros
do movimento LGBT e da Federação Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno.
A escolha de Feliciano para presidir a comissão gerou
protestos de entidades de direitos humanos e de parlamentares.
O deputado é alvo de dois processos no Supremo Tribunal
Federal: um inquérito que o acusa de homofobia e uma ação penal na qual é
denunciado por estelionato.
Pastor da igreja Assembleia de Deus, Feliciano causou
polêmica em 2011 por causa de mensagens publicadas no Twitter. "Sobre o
continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias,
doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome... Etc.", escreveu na época. Ele
também publicou que "a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao
ódio, ao crime e à rejeição."
Como a gente dá um voto de confiança a um cara que ataca
negros, gays e ligados às religiões de matrizes africanas?", disse Rafael Moreira, diretor da Federação, que
organizou o protesto, Feliciano não pode presidir comissão que atende direitos
de minorias.
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