segunda-feira, 11 de março de 2013

O Deputado Feliciano: dízimo na igreja, cofre no escritório




O Deputado Feliciano: dízimo na igreja, cofre no escritório

Numa das paredes do Tempo de Avivamento um painel mostra 11 motivos para o fiel pagar o dízimo. Eis uma das razões: “Porque não quero que Deus me chame de ladrão”. No escritório anexo à igreja, a preocupação com ladrão parece tamanha que um cofre de um metro de altura decora a sala usada pelo pastor-deputado Marco Feliciano (PSC-SP)Toda centrada na figura de Feliciano, a Avivamento é hoje um sonho realizado pelo pastor-deputado, que sempre teve como um de seus maiores planos fundar a própria igreja,fundador da Avivamento, e que se tornou figura nacionalmente conhecida ao assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, mesmo acumulando no currículo processos por estelionato e homofobia e com pregações polêmicas. Numa delas, chegou a pedir a senha do cartão de um fiel de sua igreja.Se no passado a vida era de privações, o pastor pode levantar as mãos para o céu agora que vive no conforto de uma mansão e coleciona carrões importadosNa declaração apresentada à Justiça Eleitoral em 2010, o pastor informou ter bens de R$ 634,8 mil. A mansão em que mora foi declarada por apenas R$ 60 mil. A casa anterior muito mais simples, que hoje é alugada para uma clínica de estética, está avaliada em R$ 65 mil.Além da agência de publicidade Avivamento, possui, pelo menos, outras duas empresasNão me envergonho da oferta. O dízimo está na Bíblia. O PT também cobra dízimo dos seus filiados — diz ele, colocando igreja e política no mesmo balaio.O próprio parlamentar estima que o templo-sede da sua igreja arrecade entre R$ 13 e 14 mil por mês com a doação dos fieis, quantia “suficiente apenas para cobrir as despesas” de funcionamento, garante Feliciano.Sem pudores, revela que, em 2018, pretende se candidatar ao Senado. Acusado de racismo, diz que o seu trabalho na Câmara tem como referência o norte-americano Martin Luther King (1929-1968).acusações que enfrenta nos últimos dias — estelionato a racismo — cita o mensalão para se diferenciar.Não tem nada contra mim. Não roubei. Não sou envolvido com mensalão. Sou um brasileiro e como tal um sobrevivente.

Um comentário:

  1. Mais um caso vergonhoso. Quando o Brasil passará a ver que estes que guiam seu rebanho não passam de açougueiros encarniçados?

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