O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que esta
semana assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
em meio a uma saraivada de críticas, usou o mandato parlamentar em benefício de
suas empresas e das atividades de sua igreja.
Essa firma recebeu R$ 35 mil da cota parlamentar do
deputado desde que ele tomou posse. Feliciano também repassou recursos públicos
ao escritório de outro advogado, que o defendeu em um processo eleitoral às
vésperas do pleito. O gabinete 254, no Anexo 4 da Câmara, é quase uma filial da
Assembleia de Deus Catedral do Avivamento: o presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias emprega cinco pastores da congregação que ele preside, e
ainda cantores de música gospel que trabalharam na gravação de seu CD. Além de
deputado, pastor e empresário, Feliciano também é músico.
Além de destinar verbas públicas para seus negócios
particulares, ele paga salário a um funcionário fantasma, que na verdade
trabalha em um escritório de advocacia de Guarulhos
Personalidade de sucesso no mundo gospel, e requisitado
para palestras e pregações em todo o país, o parlamentar é dono de dois
negócios: a Marco Feliciano Empreendimentos Culturais e Eventos Ltda. e a Tempo
de Avivamento Empreendimentos Ltda.
Em 2008, a primeira empresa foi contratada pela Nettus
Criação de Eventos, uma firma gaúcha, para que o pastor se apresentasse em São
Gabriel, no Rio Grande do Sul. Ele seria a grande estrela da festa, que reuniu
ainda cantores e outros pastores evangélicos. A empresa contratante repassou o
dinheiro a Feliciano, mas ele não compareceu.
Os representantes da
Nettus recorreram à Justiça e o processo se arrasta até hoje na 2ª Vara Cível
da Comarca de São Gabriel. Os donos da empresa lesada pedem R$ 950 mil de
Nenhum comentário:
Postar um comentário