A Câmara faz reforma milionária dos apartamentos dos
deputados
Casa gastou, nos últimos dez anos, 290 milhões de reais
em reformas.
Caso o novo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), eleito na última segunda-feira, libere recursos para reformar os
nove prédios de apartamentos funcionais ainda não submetidos a obras, o custo
global de conservação e remodelação dos imóveis desde 2003 pode chegar a 460
milhões de reais. A estimativa oficial é que os gastos adicionais superem 170
milhões de reais nos próximos anos.
O valor supera o orçamento do projeto de
reurbanização da terceira maior favela de São Paulo, a Gleba São Francisco. A
transformação da favela paulistana em bairro deve custar 260 milhões de reais.
Lá vivem cerca de 29 mil pessoas, segundo a prefeitura da capital paulista.
O valor se refere a obras de saneamento básico,
canalização de córregos, contenção de encostas, urbanização de vias, construção
de parques e entrega de cerca de 1.400 apartamentos.
A Câmara dos Deputados gastou, nos últimos dez anos, 290
milhões de reais em reformas e conservação dos 432 apartamentos funcionais
colocados à disposição dos parlamentares.
A partir de 2007, porém, o volume de dinheiro liberado
para obras nos imóveis funcionais triplicou, chegando a uma média próxima de 39
milhões por ano. Os apartamentos estão situados em 18 prédios de propriedade da
Câmara.
Entre 2003 e 2006, a média anual de gastos das reformas
da Câmara foi de pouco menos de 13 milhões de reais.
Os apartamentos estão situados em 18 prédios de
propriedade da Câmara. Cada edifício tem 24 moradias de quatro quartos e cerca
de 200 metros quadrados cada uma. Do total de unidades, 30% estão desocupadas
atualmente, a maioria em razão da realização de obras.
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