Estudo
aponta que Brasília-DF tem mais drogas em escolas que média do país
Traficantes de drogas agem nas proximidades de mais da
metade das escolas públicas de Brasília - DF
de acordo com questionário do Prova Brasil 2011, aplicado
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira
O índice, de 53,2%, supera a média nacional, que foi de
35%. No DF, o questionário foi aplicado a 461 diretores de escolas.
De acordo com os dados, o DF também lidera em casos
de consumo de drogas por alunos dentro das escolas – 15% dos diretores disseram
ter havido registros nas instituições que dirigem. A média nacional foi de 7%.
Os números sobre o tráfico de drogas praticado por
agentes internos (alunos ou funcionários) dentro das escolas no Distrito
Federal também foi mais que o dobro do que no restante do país – 10% dos diretores
apontaram a existência do problema em suas unidades, contra 4% na média
nacional.
Para combater as drogas nas escolas, a Secretaria de
Educação diz realizar trabalhos de prevenção, como o treinamento de professores
– neste ano, foram inscritos 1,7 mil docentes em cursos específicos na rede
pública.
"O dado é real mas não necessariamente traduz a
realidade", diz o coordenador de Educação em Direitos Humanos da
secretaria de Educação do DF, Mauro Evangelista. Para ele, diretores e
professores costumam ter relações conflituosas com os alunos e, às vezes,
superdimensionam esses dados.
Em 2011, ano em que o levantamento foi feito, a Polícia
Militar realizou 2.463 operações de combate à violência dentro e nos arredores
de colégios. Entre as ações, foram postas as operações Varredura e Escola
Livre, que utilizam detectores de metais e cães farejadores para evitar a
entrada de armas e drogas nas escolas.
O trabalho é feito em conjunto com a Secretaria de
Segurança Pública, por meio da campanha Perímetro Escolar, realizada em um
perímetro de cem metros das escolas. Com essas medidas, Evangelista não
consegue explicar os dados de uso de entorpecentes nas imediações das
escolas."Eu não vejo elementos que justifiquem esses índices do DF."
O secretário de Justiça do DF, Alírio Neto, disse que
parte do problema vem da falta de programas de enfrentamento às drogas em anos
anteriores.
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