terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Falta de médicos comprometem foliões



Falta de médicos comprometem foliões

Ano a ano, cresce a multidão que se diverte no carnaval carioca, são esperados cerca de 900.000 turistas no Rio, que se somam a outras centenas de milhares de moradores em blocos, bailes e nos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Esse fluxo de gente, capaz de reunir cerca de 2 milhões de pessoas nos desfiles dos principais blocos, como o Cordão da Bola Preta, que acontece no próximo sábado ao meio-dia, não é acompanhado, no entanto, de um esquema de atendimento de saúde compatível. 
E não há previsão de reforço nas emergências. A recomendação do Cremerj é de que cada plantão em dias normais tenha no mínimo dois neurocirurgiões, mas a Secretaria Municipal de Saúde informou ao site de VEJA que segue a recomendação do Ministério da Saúde, que prevê apenas um médico dessa especialidade, com “outros alcançáveis”, para a necessidade de deslocamento.
A escala de plantão dos médicos nos quatro hospitais municipais do Rio, obtida pela reportagem do site de VEJA, é a da semana de 1º a 8 de fevereiro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a tendência é de repetição desse quadro de médicos no Carnaval. A escala definitiva para o fim de semana do Carnaval só será divulgada na sexta-feira. Ou seja: há tempo de corrigir a distribuição, mas dificilmente há médicos para tornar o atendimento satisfatório em toda a cidade. 
“Nosso objetivo é informar à chefe de polícia que os médicos não atendem a população com a rapidez necessária porque o número de médicos nas emergências é muito pequeno para a quantidade de pacientes.
O prefeito prometeu investir 70% do orçamento em saúde até o fim de sua nova gestão. “Há uma população desassistida ainda, que representa uma parcela importante. A rede ainda não está organizada da forma que gostaria. Poderia aqui apontar causa externa, como a pressão da região metropolitana ou investimento insuficiente em saúde. É a área que mais me dedico, é o principal problema, é o que mais faz o carioca sofrer. A saúde é o desafio do Brasil”, afirmou.


Ele tem que escolher quem ele vai salvar quem ele vai atender primeiro. Isso é dramático. “E o médico não estuda, não se forma para isso”, afirma a médica Márcia Rosa Araújo, presidente do Cremerj. 

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