Renúncia do papa, dossiê 'escabroso' homossexualidade no Vaticano.
Enquanto o "Vatileaks" havia sido abafado em
dezembro com a graça concedida pelo papa a Paolo Gabriele, o ex-mordomo acusado
de vazar documentos confidenciais, dois artigos no jornal La Repubblica e na
revista Panorama trouxeram o caso de volta às manchetes.
De acordo com La Repubblica, a decisão de Bento XVI de
renunciar ao trono de Pedro poderia ter sido reforçada pela profunda frustração
após tomar conhecimento em outubro de um "lobby gay" no Vaticano
revelado pela investigação secreta realizada por uma comissão de três cardeais
aposentados.
Segundo o artigo sensacionalista intitulado "Sexo e
carreira, as chantagens no Vaticano por trás da renúncia de Bento XVI", o
cardeal espanhol da Opus Dei, Julian Herranz, que preside a comissão, teria
relatado antes de 9 de outubro ao papa o dossiê "mais escabroso"
sobre "uma rede transversal unida pela orientação sexual" e,
"pela primeira vez, a palavra homossexualidade foi pronunciada" no
apartamento papal.
De acordo com a Panorama, o "lobby gay" do Vaticano
"é, de longe, o mais influente e ramificado entre todos os que existem
dentro da Cúria Romana".
Em outubro passado, dois dias após ter recebido o cardeal
Herranz, o papa, em um discurso de tom pessimista na abertura do Ano da Fé,
havia mencionado em forma de metáfora "os peixes ruins" que são
pescados da Igreja.
O tema da homossexualidade no Vaticano não é novo nos
meios de comunicação italianos. Tem sido tema de romances e best-sellers
quentes, às vezes, exagerados.
É um fato conhecido dos vaticanistas que os religiosos e
sacerdotes que trabalham no Vaticano têm relações homossexuais fora do pequeno
Estado: uma rede de religiosos, padres e até bispos homossexuais pode existir,
mantendo silêncio.
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