Luiz Estevão e condenado a 4 anos e 8 meses de prisão
Ex-senador é acusado de ter sonegado quase R$ 58 milhões
em impostos.
A 3ª Vara Federal de Santo André, no ABC Paulista,
condenou o ex-senador pelo Distrito Federal Luiz Estevão e a mulher dele,
Cleicy Meireles de Oliveira, a 4 anos e 8 meses de prisão pelo crime de
sonegação de impostos.
A decisão foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico
no dia 29 de janeiro último, e tornada pública pelo Ministério Público.
Os dois foram acusados pelo Ministério Público Federal
pelo não recolhimento de quase R$ 58 milhões em tributos (valores corrigidos)
devidos pela empresa OK Benfica Cia Nacional de Pneus, subsidiária do Grupo OK.
Estevão e a mulher devem ser obrigados a cumprir a
decisão judicial somente depois de o processo transitar em julgado (não ter
mais possibilidade de recurso).
Em razão de a pena estipulada ser inferior a 8 anos, o
casal deve começar a cumprir a punição, se for mantido o veredicto, em regime
semiaberto.
Segundo a assessoria da Justiça Federal de São Paulo,
Estevão já apresentou um recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região
(TRF-3).
Além da reclusão, a Justiça Federal determinou que Luiz
Estevão e a mulher paguem 233 dias multa aos cofres públicos. O valor do dia
multa foi fixado pela sentença em três salários mínimos (equivalentes a R$
2.034).
Apesar da condenação por sonegação de tributos, o
ex-parlamentar obteve uma vitória judicial no Superior Tribunal de Justiça
(STJ) .
Turma do STJ decidiu, por unanimidade, manter uma
condenação contra o ex-senador pelo crime de uso de documento falso. Os
magistrados, contudo, reduziram a punição de 3 anos de prisão para 2 anos e 6
meses.
A relatora do processo no STJ ministra Laurita Vaz,
recomendou a diminuição da pena por considerar que as instâncias inferiores
impuseram uma agravante indevida na hora de definir a punição do ex-senador.
Eleito senador pelo PMDB do Distrito Federal em 1998,
Luiz Estevão foi um dos alvos da CPI do Judiciário. Criada, em 1999, para
investigar denúncias de corrupção envolvendo magistrados, a comissão acabou
focando, principalmente, na ligação de Luiz Estevão com o desvio de R$ 169
milhões das obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, então
presidido pelo juiz Nicolau dos Santos Neto.
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