Concursos
públicos o alvo do Congresso em 2013
Os concursos públicos atraem uma multidão de candidatos,
há brechas, por exemplo, na preparação e divulgação de editais, na elaboração
de provas e na convocação dos aprovados. Isso alimenta queixas de candidatos,
motiva ações judiciais e, sem dúvida, não faz bem aos cofres públicos, a
carreira do servidor público é regida pela lei 8.112, que reserva apenas dois
artigos para a regulamentação de concursos.
Além disso, os órgãos que realizam a concorrência ficam
obrigados a explicar as regras da disputa. “Muitas cidades têm dificuldade em
contratar empresas experientes para realizar o concurso”.
Segundo o texto, o processo de seleção deve ser realizado
por meio de provas e tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado por mais
dois.
De olhos nas brechas legais, ao menos 16 projetos de lei
tramitam no Congresso Nacional desde 2000. O principal deles é o PL 74/2010.
Incorporando ideias de vários outros, ele ganhou força no Congresso, além do
nome de Estatuto do Concurso Público.
O projeto pretende impor limites para o valor da taxa de
inscrição nas provas, dar transparência a editais e dispor sobre o chamado
cadastro de reserva. A taxa de inscrição não poderá ser superior a 3% do valor
da remuneração inicial do cargo em disputa.
O projeto prevê que o edital sobre o concurso seja
publicado ao menos 90 dias antes da realização da seleção.
O cadastro de reserva é o ponto mais ruidoso, motivo de
queixa de nove em cada dez concurseiros. Trata-se de um recurso utilizado pelos
órgãos públicos para formar uma espécie de "banco de talentos", com
nomes de candidatos aprovados em concursos, mas não convocados para assumir
postos públicos por falta de vagas.
Não há obrigatoriedade, porém, da convocação.
Projetos que correm no Congresso prometem extinguir os
concursos feitos com o objetivo de formar os cadastros de reserva. O principal
argumento para isso é que esses concursos iludem os concurseiros
O relator do PL 74/2010, senador Rodrigo Rollemberg
(PDB-DF), garante ter ouvido todas as parte envolvidas no assunto.
"Trabalhamos um ano na redação final do projeto. A preocupação foi
entender as carências legais de cada um dos lados", afirma o senador.
O especialista ressalva, contudo, que os legisladores
devem estar atentos na elaboração da lei, sob risco de engessar a máquina
pública com decisões como o fim do cadastro de reserva. Garantir a eficiência
do estado nada mais é que zelar pelo dinheiro do contribuinte.
Se aprovado, segue para sanção da presidente Dilma
Rousseff.
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