Vigia diz ter
visto Rugai sair após tiros
Ex-seminarista
Gil Rugai, o réu foi denunciado pelo Ministério Público pelo assassinato de seu
pai e da madrasta em 28 de março de 2004, em São Paulo.
O vigia
Domingos Pereira foi a primeira das cinco testemunhas de acusação com a voz
trêmula, Domingos, que estava em um programa de proteção de testemunhas após
dizer ter sido ameaçado, reconheceu Rugai como um dos dois homens que viu na
noite do crime.
Domingos
confirmou que a pessoa que viu era Rugai. O juiz ainda perguntou se ele tinha
certeza da afirmação. “Absoluta”, respondeu.
A defesa do
réu questionou que o vigia pudesse ver, da distância em que se encontrava, quem
estava saindo do local do crime.
Os advogados
apontaram também que Domingos, ao mesmo tempo em que deu detalhes da roupa que
Rugai usava – capa bege, calça e suspensórios –, não soube dizer que cor de
vestimenta usava a outra pessoa que deixou a residência na noite do crime.
A promotoria
chegou a pedir que a plateia fosse retirada do júri durante o depoimento de
Domingos, devido às ameaças que a testemunha alega ter sofrido. A guarita em
que trabalhava na época do crime foi incendiada. O juiz, porém, decidiu que não
havia previsão legal para esse procedimento, além da testemunha não estar mais
no programa de proteção.
Para o
jurista Luiz Flávio Gomes, que acompanha o julgamento, apesar do reconhecimento
feito por Domingos, o resto do depoimento do vigia, que durou quase três horas,
foi considerado confuso.
No inquérito,
Domingos chegou a dar dois depoimentos à polícia em que negou saber quem eram
as pessoas que saíram da residência das vítimas. No terceiro depoimento,
afirmou que Rugai era um dos suspeitos. O delegado, segundo Domingos, teria
dito que ele mentiu no depoimento, o que o levou a dar uma segunda versão
indicando Rugai.
Cinco homens
e duas mulheres foram escolhidos para decidirem se Gil Rugai será considerado
culpado ou inocente do crime. A previsão é que o julgamento de Gil Rugai
dure até cinco dias.
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