Caem
18% mortes nas rodovias federais no carnaval, dizem dados da PRF.
Por milhão de veículos, taxa de redução das mortes é de
24%, diz ministro.
O número de mortes nas estradas federais foi 18% menor no
carnaval deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo
com dados da Polícia Rodoviária Federal divulgada.
Entre os últimos dias 8 e 13 (período da Operação
Carnaval), houve 157 mortes nas rodovias federais, segundo a PRF. Em 2012,
foram 192.
De acordo com a Polícia Rodoviária, a quantidade de
acidentes diminuiu 10% – de 3.499 no ano passado para 3.149 em 2013 – e o total
de feridos, 19% – de 2.207 em 2012 para 1.793 no carnaval deste ano.
Do total de mortes no carnaval deste ano, 70 ocorreram em
acidentes com colisão frontal, informou a PRF.
Os dados foram anunciados pelo ministro da Justiça José
Eduardo Cardozo, em entrevista coletiva na sede do ministério, em Brasília.
Por esse critério, a redução foi de 24%, segundo Cardozo
– em 2012, houve 192 mortes no carnaval para uma frota de 70,5 milhões de
veículos e, em 2013, 157 mortes para 76,1 milhão de veículos.
Esse indicador leva em conta o crescimento da frota de
veículos do país ano a ano.
Embora em números absolutos a redução seja de 18%, na
interpretação do ministro da Justiça, o “indicador mais precisa" é o de
mortes por milhão de veículos.
Segundo o ministro, entre os fatores que contribuíram
para a redução do número de mortes e de acidentes, está o endurecimento da Lei Seca.
José Eduardo Cardozo afirmou que houve aumento de
fiscalização do uso de bebidas alcoólicas por motoristas em cem trechos rodoviários
considerados mais críticos.
Devido ao consumo de álcool, 1.932 motoristas foram
autuados e tiveram a carteira de habilitação recolhida, dos quais 607 foram
presos.
De acordo com os números da Polícia Rodoviária Federal,
foram feitos 86.224 testes de consumo de bebida alcoólica, o que representa
aumento de 183% na comparação com 2012.
Depois da rigidez da Lei Seca, ele prevê alterações
quanto às regras de ultrapassagem e às motocicletas.
De acordo com José Eduardo Cardozo, o trânsito brasileiro
ainda será alvo de novas mudanças legislativas.
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